sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Testes

Concursos e seleções públicas não são úteis apenas se você for aprovado. Antes disso, são termômetros que indicam se você está estudando o suficiente, e em que precisa focar mais atenção.
É sempre bom exercitar.


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Eleições COREN-BA 2011 #13: Resultado final


 Informações preliminares colhidas do Jornal ATARDE apontam vitória da Chapa 2 com ampla margem de votos:

Chapa 2: 10.662 votos
Chapa 1: 2.395 votos 

Aguarda-se a homologação do resultado pelo Conselho Federal de Enfermagem. Posteriormente retornaremos com os dados oficiais e, se possível, os resultados por regiões.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Eleições COREN-BA #12: Eleitor descontente

 
As intercorrências na mesa receptora de votos em Feira de Santana desencadeou manifestações de diversos eleitores, como divulgado no site Acorda Cidade.
Segue abaixo um breve relato do enfermeiro Allex Macedo sobre o ocorrido.

Bom dia,

Ontem (11/09) realizou-se a eleição do COREN-BA onde os trabalhadores de Enfermagem de apenas  Salvador e região metropolitana tiveram à disposição 23 urnas para votação em Salvador, enquanto que os profissionais de mais de 400 cidades só tiveram 26 urnas para votar pulverizadas em alguns pólos regionais. A falta de uma segunda e terceira mesa receptora gerou fila de até 4h e meia no corredor apertado do COREN/Feira , confusão, desmaios, brigas, etc. Falta de organização total da comissão eleitoral. Fiquei 2 horas e 55 minutos na fila saindo 20h40; a urna foi lacrada quase às 22 horas, acreditem. A existência de uma segunda chapa concorrendo depois de mais de 20 anos de chapas únicas atraiu os eleitores.

O voto é obrigatório para todos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem com inscrição definitiva em quitação ou atraso com anuidade(s).

No caso específico de Ourolândia, nossos técnicos e auxiliares que não votaram preencherão e encaminharão a justificativa eleitoral em até 120 dias, conforme formulário e instruções em anexo assinalando "ONDE RESIDO NÃO TEM URNA" . O segundo campo para QUALQUER justificativa que fica livre para relato do profissional e deve ter como anexo um documento o sustentando irá para JULGAMENTO  e se não aceito o profissional PAGARÁ COMO MULTA UMA ANUIDADE DE SUA CATEGORIA.  

Todas estes direitos e deveres em relação ao processo eleitoral e ao exercício da profissão estão contidos em um livreto entregue a todos no momento da inscrição e por se tratar do exercício profissional de cada um DEVE ser do conhecimento de todos.
Que o resultado da eleição a ser divulgado nos próximos dias seja favorável a classe da Enfermagem que ainda percebeu a força que seus 450.000 trabalhadores tem para lutar por melhorias trabalhistas.

Allex Macedo
Enf. Sanitarista


Agradeço ao amigo Allex que autorizou a publicação do texto.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Eleições COREN-BA 2011 #11: Justificativas









Profissionais de Enfermagem, pedimos desculpas por alguns transtornos ocorridos. A Comissão Eleitoral se esforçou para fazer um bom trabalho, mas infelizmente muitos se aproveitaram do momento para provocar situações de conflito gerando mais tumultos, em algumas zonas Eleitorais. Apesar dos contratempos, a Eleição transcorreu de forma tranquila, aguardamos agora o resultado da apuração e que seja um ótimo resultado para todos da Categoria.


Justifique aqui a sua ausência.
 
Fonte: www.coren-ba.com.br


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Eleições COREN-BA 2011 #9: COREN-BA divulga nota de esclarecimento

Presidente do COREN-BA repudia, no jornal ATarde de 31 de agosto de 2011, as denúncias apresentadas pela Chapa da oposição, acusando de fraudulentos os procedimentos da Comissão Eleitoral e, consequentemente, a atual Gestão do COREN-BA.

Segundo Gícele,
“atacam-nos em dizer que estamos omitindo e fraudando o Processo Eleitoral, mas toda tramitação,estabelecida no Código Eleitoral dos Conselhos de Enfermagem, foi rigorosamente obedecida, focada na maior transparência, lisura e publicidade”.
  
Leia na íntegra a nota de esclarecimento: http://www.coren-ba.com.br



Eleições COREN-BA 2011 #8: Propostas da Chapa 2

 Chapa 2 apresenta suas propostas:
http://tinyurl.com/448y3gf


Eleições COREN-BA 2011 #7: ABEn declara apoio à chapa 2

ABEn-BA declara apoio à chapa 2 e afirma que COREN-BA não acatava, publicamente, a decisão do COFEN sobre a inscrição da chapa de oposição.






quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Eleições COREN-BA 2011 #6: SINDSAÚDE apoia a Chapa 2

O SINDSAÚDE levanta a bandeira da Chapa 2.



Eleições COREN-BA 2011 #5: SEEB se posiciona

O Sindicato dos Enfermeiros do Estado da Bahia (SEEB) divulga nota sobre o pleito eleitoral COREN-BA 2011.




Eleições COREN-BA 2011 #4: Site da Chapa 1


 Chapa 1 publica propostas em site:


Eleições COREN-BA 2011 #3: Locais de votação

Ainda não sabe onde irá votar? Confira no site do COREN-BA:


Mas lembre que para os locais de voto foram considerados os endereços cadastrados no COREN-BA, atualizados até dezoito de agosto de 2011.

Eleições dia 11 de setembro de 2011

Eleições COREN-BA 2011 #2: Quem deve votar?

ELEIÇÕES COREN BAHIA 2011

O Conselho Regional de Enfermagem da Bahia - COREN-BA - vem informar e tornar público que, no ano de 2011, será realizado o pleito eleitoral que definirá os gestores desta Autarquia Federal.

QUANDO SERÁ A ELEIÇÃO DO COREN-BA? 
A eleição acontecerá no dia 11 de setembro de 2011, domingo, das 8 às 18 horas.  
ONDE SERÃO REALIZADAS AS ELEIÇÕES?
Em breve serão divulgados os locais de votação. A lista de locais também ficará disponível no site do COREN-BA.   

COMO FUNCIONA A ELEIÇÃO DO COREN – QUEM VOTA EM QUEM?  
O profissional vota na chapa da mesma categoria na qual é inscrito, ou seja:
Enfermeiros votam na chapa do Quadro I – Enfermeiros.
Auxiliares e Técnicos de Enfermagem votam na chapa dos Quadros II e III – Auxiliares e Técnicos de Enfermagem.
Se houver mais de uma inscrição, o profissional deverá votar nas categorias nas quais ele é inscrito.  

O VOTO É OBRIGATÓRIO? 
Sim, o voto é obrigatório para todos os profissionais com inscrição definitiva ou remida. 

O VOTO PODE SER POR CORRESPONDÊNCIA?
Não. O profissional só pode votar presencialmente.

E SE EU NÃO VOTAR? 
Existem duas situações: os que não votaram por motivo justificável e os que não votaram sem justa causa. Nos casos de motivo justificável, o profissional tem 120 dias de prazo para justificar sua abstenção.  Nos casos sem justa causa, o profissional receberá uma multa no valor atualizado da anuidade de sua categoria.
 A justificativa poderá ser feita  por correio ou presencial, preenchendo requerimento na sede e/ou subseções. (Após eleição disponibilizaremos no site)
 

É PRECISO LEVAR DOCUMENTO PARA VOTAR? 
Sim. O profissional deverá apresentar o documento de identidade profissional ou civil (RG), com foto.  

CASO TENHA ALGUMA ANUIDADE EM ATRASO, EU POSSO VOTAR? 
Sim, o voto é obrigatório. O Conselho Federal de Enfermagem autorizou o voto dos profissionais inadimplentes nesta eleição (Decisão COFEN 043/2011).

Eleições COREN-BA 2011: Dia 11 de setembro, não esqueça!


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Desafios do Consumidor #1: VIVO / Eletrofone - FSA

Série: Desafios do Consumidor
#1












Caros leitores,
não poderia deixar de alertá-los quanto a uma situação vivida por mim recentemente na cidade de Feira de Santana-BA, para que possam economizar tempo e evitar aborrecimentos. Pedido: por mais absurdo que pareça o texto, acreditem, pois aconteceu.

IDENTIFICAÇÃO DO CASO

DESAFIANTE: Alexandro, este que vos escreve.
DESAFIADO: Loja Eletrofone, revendedora VIVO, situada no shopping Boulevard, FSA.
MISSÃO: Realizar a coisa mais difícil, complexa e abominável que existe na área de telefonia móvel: RESGATAR UM APARELHO NO PROGRAMA DE PONTOS DA VIVO, MIGRANDO UMA LINHA CDMA PARA GSM.

Na tarde do domingo, dia 14/08/11, o desafiante procurou a loja do referido shopping por acreditar que teria mais opções de aparelhos. Péssima escolha. Ao chegar, fui atendido prontamente, identifiquei o que queria fazer, deram-me uma senha, mas tive que esperar porque embora o painel estivesse indicando minha vez, a atendente ainda estava ocupada com outro cliente. ¬¬ Não façam essa cara... eu também não entendi.
Esperei, olhei as vitrines e fui chamado pela gerente. Expliquei que queria resgatar um novo aparelho, dentro do programa de pontos, e perguntei quais telefones estavam disponíveis para tal transação. Tanto ela quanto um atendente que a auxiliava informaram que todos os aparelhos ali exibidos poderiam ser resgatados: Eu escolheria o modelo e, baseado na quantidade de pontos acumulados, seria feita uma simulação do valor do desconto. E quem sou eu pra discordar? Retornei à vitrine e comecei a brincadeira:
        Esse da LG modelo “XXX9999”, quanto ficaria?
Verificaram na internet durante aproximadamente 50 segundos e me deram a brilhante resposta:
        Senhor, este aparelho não está incluso no programa de pontos.
        Mas não acabaram de dizer que todos estavam? - perguntei já procurando outro modelo. Escolhi outro e perguntei: E este?
De novo foram ao sistema informatizado de última geração em conectividade gama-super-ultra-poderoso da VIVO:
        Errrr... senhor, este também não está.
Aí eu me empolguei! Dentro de uma vitrine repleta de aparelhos acertei os dois únicos que não estavam no programa!
Segui a odisseia: acharam o preço de um SonyEricsson, depois escolhi um outro que também não estava disponível (da Samsung, acho), e em seguida pedi um NOKIA C2-01. Cansado do joguinho de “vivo ou morto”, pedi a compra. Ressalto minha decepção ao descobrir que cada 1.000 pontos valem R$3,00, apenas. Paguei a diferença de R$ 184,00 e entreguei o aparelho antigo pra que fosse feita a transferência da linha.
Começou a segunda peleja.
O pessoal da loja não conseguia fazer a transferência. Liga daqui, liga dali, nada. Saí, visitei outras lojas, retornei e nada. Depois de diversas tentativas, e de matarem parte da minha tarde, desistiram.
        O senhor pode deixar aqui que continuaremos tentando e retornar mais tarde para pegar seu aparelho.
Não sei por que, mas concordei. Acertei de retornar à noite, já que visitaria o cinema. Fim do primeiro ato.


Amigos leitores, retornei lá pras 19h. Os senhores já sabem a resposta, não é?
        Não conseguimos. A ligação está caindo e não conseguimos finalizar. Mas amanhã, segunda-feira, deve estar normalizado. O senhor pode voltar amanhã à noite (!) para pegar, com tudo pronto.
        Não posso. - respondi – Viajo amanhã por volta das 11h. Preciso dele antes.
Depois de acertarmos horários, retornaria “de novo mais uma vez” no dia seguinte, às 9h. Mas eu sabia que não ia dar certo. Fim do segundo ato.


Atrasei, só apareci depois das 10h, pra ajudar o pessoal! Não adiantou nada.
Liga, desliga, chama, fala, pede e ninguém conseguia fazer a migração nem dos pontos nem do CDMA para GSM. Nisso o “Seu Saraiva” na minha mente já gritava “tolerância zero”! Cansei, saí, fui resolver outras coisas em outros lugares e deixei a VIVO por último. De lá, viajaria. O pessoal da loja concordou e lá fui eu sem telefone. Fim do terceiro ato.


Já tinha atrasado tudo e logicamente adiei a viagem. Cansado, o desafiante já não tinha mais o que fazer para que a loja desafiada conseguisse cumprir a missão. Voltei desacreditado e não tive surpresa. Aliás, tive: nunca antes na história deste blogueiro uma loja havia proposto uma “desvenda”!
        Senhor, infelizmente não conseguimos resgatar o aparelho nem migrar a linha CDMA para GSM. Teremos que estornar o valor do aparelho novo que o senhor comprou ontem.
Isso mesmo: Eu quis comprar mas a loja não conseguiu vender. A loja não conseguiu vender.
Este heroi voltou ao caixa para que fosse feita a devolução, para que eu pudesse ter a prova de que a loja perdeu o desafio. Outro parto.
Na hora de mexer na maquininha do cartão, como é que faz pra estornar o negócio? Quem souber morre! Foi outro puxa-encolhe. Não tinham a tal da senha. Olha que lindo: tem a máquina, o problema, mas não tem a senha pra resolver o problema. Daí foram pedir ajuda aos universitários lá da Cielo, o povo da maquininha. Eu, que a essa altura já estava me sentindo “Conan, o Bárbaro” depois de ter causado tanta tragédia naquela loja, só pensava no contexto geral:
“Depois de uma tarde e uma manhã, estou preso na loja que não conseguiu me vender um telefone.”
Chamaram outra atendente para ficar ligando pra Cielo enquanto a primeira ligava de outro telefone. Sabe quando o desespero muda a cara das pessoas? Pois é. Sei que conseguiram a ligação, a senha ou sei lá o quê, e fizeram a devolução.
Agradeceram minha paciência (que eu não tenho) e eu fui embora, com o telefone velho, CDMA. Fim.

Não devo retornar mais àquela loja, mas não por raiva ou coisa assim. É que não gosto de perder tempo e ali eu perdi muitos minutos de vida.

O que ficou de bom:
1)                 Aprendi que quem trabalha para uma marca de abrangência nacional (a VIVO, no caso) nem sempre sabe o suficiente sobre o trabalho que faz na loja;
2)                 Economizei grana porque o valor que eu pagaria pelo aparelho (já descontado o valor dos pontos acumulados) é quase o mesmo que o preço integral do telefone em outras lojas. A VIVO parece estabelecer preços mais altos que os de mercado, quando faz a conversão de pontos.

Fica o recado para os amigos: se precisarem de agilidade no serviço, não procurem aquela loja.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Quem num tem emelho ximba

Esse texto é um clássico dos spams, mas eu me divirto sempre com ele. rs

 
Aí galera,
Esse emelho é de Claudinei, mas aqui é Jonilso que tá falando. É porque eu não tenho emelho aí ele me liberô pra escrevê no dele. E eu quero falá é sobre isso mermo: emelho. A parada é o seguinte. Ôto dia eu tava procurando um serviço no jornal aí eu vi lá uma vaga na loja de computadô, aí eu fui vê lá, colé de mermo. Botei uma rôpa sacanage que eu tenho, joguei meu Mizuno e fui lá, a porra.
Aí eu cheguei lá, fiz a ficha que a mulé me deu e fiquei lá esperando. Nêgo de gravata e as porra eu só "Nada... tô cumeno nada!"
Aí, eu tô lá sentado, pá, aí a mulé me chama pa entrevista, lá na sala dela. Mulé boa da porra! Entrei na sala dela, sentei, pá, aí ela começô: a mulé perguntano coisa como a porra, seu sabia fazê coisa como a porra e eu só...''Sim sinhora, que eu já trabalhei nisso já", jogano 171 da porra na mulé e ela cumeno, a porra!
Aí ela parô assim, olhô pra ficha e mim perguntô mermo assim: "Você mora aí, é?", aí eu disse "É". Só que eu nun sô minino, botei o endereço de um camarado meu e o telefone, que eu já tinha dado a idéa já pra ele se ela ligasse pá ele dizê que eu sô irmão dele e que eu tinha saído, pra ela deixá recado, que aí era o tempo dele ligá pro orelhão do bar lá da rua e falá comigo ou deixá o recado que a galera lá dá.
Eu nun vô dá meu endereço que eu moro ni uma bocada da porra! Aí a mulé vai pensá o que? Vai pensá que eu sô vagabundo tomém, né pai... Nada! Aí, tá, a mulé só perguntano e eu jogando um "H" da porra na mulé, e ela gostano vú... se abrindo toda... mulé boa da porra!
Aí ela mim disse mermo assim: "Ói, mim dê seu emelho que quando fô pra lhe chamá..." - a mulé já ía me chamá já - "... quando fô pra lhe chamá, eu lhe mando um emelho." "Aí eu digo "Porra... e agora?" Aí eu disse a ela mermo assim "Ói, eu vou lhe dá o emelho de um vizinho meu pra sinhora, que ele tem computadô, aí ele mim avisa''. Mintira da porra, que o cara mora longe como a porra e o computadô é lá do trabalho dele, aí ele ía tê que mim avisá pelo telefone lá da rua. Aí, depois quando eu disse isso, a mulé empenô. Sem mintira niua, ela me disse mermo assim: "Aí, não: como é que você qué trabalhá ne loja de computadô e não tem emelho?"
Aí ela bateu no meu ombro assim e disse: "Ói, hoje em dia, quem num tem emelho, ximba!", falô mermo assim, véi, a miserave da mulé. Miserave! Mas aí, eu ía fazê o que, véi? Aí uns dias depois eu acabei conseguindo um seviço de ajudante de pedrero: um pau da porra! Eu pego 7 hora da manhã e leva direto, a porra, de 7 a 7, aí meio dia para pra almuçá, comida fêa da porra, e acabô o almoço nun discansa não, volta pro seviço. É pau, vú véi... é pau viola mermo. É por isso que eu digo, é como a mulé disse:

"Quem nun tem emelho, ximba!"

É isso aí. Os cara que nun recebero esse emelho vai ximbá, na moral, dá um pau da porra, quando chegá fim de mês, recebê uma merreca.
Agora pra você que recebeu esse emelho, eu vô lhe dá a idéa, ói, vá lá na loja que ainda tem a vaga! Já fui! Esse emelho é de Claudinei, mas aqui é Jonilso que tá falando. Valeu!

Jonilso.


terça-feira, 12 de abril de 2011

E tem juiz que ainda quer ser respeitado.

Se você ainda respeita a justiça brasileira (com minúsculas mesmo) não esqueça que muitas vezes ela não respeita você.

sábado, 19 de março de 2011

Nós gostar capoeira

Olhem as caras deixando isso bem claro...
O que elas estavam pensando?
Foto: Geyzon Lenin/UOL

terça-feira, 8 de março de 2011

Idiossincrasia

Cada ser humano é único. Com suas características, valores, vícios e virtudes, criados em comunidades, expostos a estímulos e pressões ambientais variáveis, os indivíduos não respondem da mesma forma nem perguntam da mesma maneira. Sendo assim, como exigir de todos eles uma mesma conduta tida como "a correta"? Como querer que todos eles encontrem satisfação num arcabouço de célula social imposto pelas tradições ou por preceitos religiosos? Não é claramente insensato algo desse tipo?
Há pessoas que buscam sim uma casa no campo, uma alma gêmea e um punhado de filhotes. Outros são mais afeitos à imprevisibilidade, à inconstância, à metamorfose, ao caos. Ambos perseguem a felicidade, a mesma felicidade que enche os olhos, tranquiliza a alma e faz querer o dia seguinte.
A questão, que muitos negam, é que a felicidade se manifesta de infinitas maneiras. E quem somos nós para dizer qual delas é a melhor?

quarta-feira, 2 de março de 2011

Um manifesto

Peço licença aos senhores para socializar uma mensagem recebida por e-mail cujo conteúdo reflete muito do que penso sobre a educação contemporânea. Reflitamos.

Eu acuso!
(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)

Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice. (Émile Zola)
Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...) (Émile Zola)


Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).
 A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.

O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.

Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.

No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...

E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’”; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”

Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno-cliente...

Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.  
Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.

Ao assassino, corretamente, deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:

EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;

EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos” e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;

EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;

EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;

EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;

EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;

EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;

EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;

EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;

EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e  do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;

EU ACUSO os “cabeça-boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,

EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;

EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.

EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;

EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;

Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos-clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.

Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.

A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”

Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.


Igor Pantuzza Wildmann 
Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário



sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

SEXO GRÁTIS AQUI

(Desconheço o local e o fotógrafo)


Estudar pra ficar rico

Há alguns anos o desafio do estudante era ser aprovado no vestibular. O ensino dito superior era visto como garantia de uma vida tranquila.
O tempo passou e o difícil não era mais entrar, mas concluir um curso. As dificuldades eram muitas e o abandono acontecia com frequência.
Mas a sociedade mudou, surgiram mais opções e mais oportunidades. Então o grande desafio passou a ser manter-se no emprego conquistado, ao final da graduação.
Não demorou muito, a briga já era conseguir um emprego na área. Qualquer um. E, encontrando, sabia-se que poderia deixar de existir a qualquer momento.
Mas hoje? Hoje, salvas raras exceções, um diploma não significa sequer que você seguirá algum tempo trabalhando na área. E se trabalhar, em muitos casos, não ganhará aquilo que pretendia ou que acredita merecer. A onda agora é a busca contínua por rendimentos interessantes, seja lá em que área for! Diploma, Pós-Graduação é só pra constar no currículo.
E como chegamos a este ponto? Simples: partindo do ponto errado.
Quem disse que o objetivo da Universidade é deixar alguém rico?
A Universidade existe para promover a construção do conhecimento e, através dele, modificar a sociedade para melhor (ou não). Em sua essência, não guarda relação alguma com acúmulo de capital.
E aquela conversa de "Estude, meu filho, faça uma Universidade pra ficar rico."? Folclore, igual a Saci Pererê.
“Mas, seu maluco, se muitas universidades e faculdades hoje já deixaram de lado essa preocupação em construir conhecimento e se ocupam apenas em ‘formar mão de obra para o mercado de trabalho’, como fica todo esse seu discurso bonito?”
Não fica. Apenas se resume a isso aqui: Estamos fritos.