sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

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(Desconheço o local e o fotógrafo)


Estudar pra ficar rico

Há alguns anos o desafio do estudante era ser aprovado no vestibular. O ensino dito superior era visto como garantia de uma vida tranquila.
O tempo passou e o difícil não era mais entrar, mas concluir um curso. As dificuldades eram muitas e o abandono acontecia com frequência.
Mas a sociedade mudou, surgiram mais opções e mais oportunidades. Então o grande desafio passou a ser manter-se no emprego conquistado, ao final da graduação.
Não demorou muito, a briga já era conseguir um emprego na área. Qualquer um. E, encontrando, sabia-se que poderia deixar de existir a qualquer momento.
Mas hoje? Hoje, salvas raras exceções, um diploma não significa sequer que você seguirá algum tempo trabalhando na área. E se trabalhar, em muitos casos, não ganhará aquilo que pretendia ou que acredita merecer. A onda agora é a busca contínua por rendimentos interessantes, seja lá em que área for! Diploma, Pós-Graduação é só pra constar no currículo.
E como chegamos a este ponto? Simples: partindo do ponto errado.
Quem disse que o objetivo da Universidade é deixar alguém rico?
A Universidade existe para promover a construção do conhecimento e, através dele, modificar a sociedade para melhor (ou não). Em sua essência, não guarda relação alguma com acúmulo de capital.
E aquela conversa de "Estude, meu filho, faça uma Universidade pra ficar rico."? Folclore, igual a Saci Pererê.
“Mas, seu maluco, se muitas universidades e faculdades hoje já deixaram de lado essa preocupação em construir conhecimento e se ocupam apenas em ‘formar mão de obra para o mercado de trabalho’, como fica todo esse seu discurso bonito?”
Não fica. Apenas se resume a isso aqui: Estamos fritos.