sábado, 20 de junho de 2009

IPT (Índice de Popularidade no Twitter)

Com poucos dias usando o Twitter, acompanhando o que aconteceu com a @aliastes e observando a repercussão do fato (descobrindo, inclusive, o que são scripts) verifiquei a preocupação de alguns em utilizar um meio objetivo para avaliar a popularidade de cada perfil.
Li que uns observam o número absoluto de seguidores que a pessoa tem; outros comparam o número de seguidores com o número de pessoas seguidas... Mas os inúmeros perfis falsos complicam essa análise já que não é viável avaliar se todos os 3487 seguidores de “@xyzw” são consideráveis.

Pensei então numa maneira que pudesse:
1) inibir o ato de “seguir qualquer um para ser seguido em troca”;
2) tratar os perfis antigos (com muitos seguidores) e os novos (com poucos seguidores) de forma equitativa; e
3) ser utilizado por qualquer twitteiro.
Utilizando o raciocínio empregado em Saúde Pública e Epidemiologia, sugeri o IPT (Índice de Popularidade no Twitter) que é calculado dividindo-se o número de seguidores (Followers) pelo número de pessoas seguidas (Following).

Se um usuário, que segue 1 perfil inicialmente, usar script e 200 pessoas responderem, ele terá 200 seguidores. Neste momento, o IPT dele será = 200/1 = 200. Muito bom!
No entanto, seguindo a lógica do script, ele passará a seguir os 200 que o responderam. Seu IPT irá cair, pois passará a ser: 200/201 = 0,99. Pronto. Era isso que eu queria.
Vejamos um outro caso: João é blogueiro e tem 500 seguidores. Como se relaciona bem, está seguindo outros 250 perfis. Seu IPT = 500/250 = 2.
Maria é novata. Toda cuidadosa, ela lê os updates das pessoas e, se gostar, passa a seguir. Só segue 20 pessoas, todos colegas da escola. Mas como posta reflexões e piadas diariamente, já tem 40 seguidores. O IPT dela: 40/20 = 2. O mesmo índice de João.
Perceberam? Tanto no caso de João quanto no de Maria o número de seguidores é o dobro do número de pessoas que eles seguem. E isso é mérito de ambos.


quinta-feira, 18 de junho de 2009

Sobre fatos e pessoas

Tudo é relativo. Este clichê já foi pronunciado até por quem nunca viu uma foto de Einstein. Mas é verdade. É uma das poucas verdades em que acredito, nesse mundo de mentiras.
Mas se tudo é relativo, como poderia ser absoluta esta minha verdade? Não pode. Eu apenas creio que seja. E aí surge a fé. Afirmo, leitor: não há nada certo. O Universo é uma dúvida constante que se reflete em nossas questões cotidianas:
Qual roupa vestir, que caminho seguir, que mulher convidar para jantar?
Fazemos nossas escolhas baseados nas míseras informações colhidas ao longo de nossas breves vidas. Mas só guardamos as informações que julgamos importantes naquele momento. Consequência? Podemos nos arrepender já que não somos oniscientes e nossa memória é bastante limitada. Então, pode-se voltar e trocar a camisa, pegar o próximo contorno ou não ligar no dia seguinte. Nem sempre resolve.
Às vezes as decisões são complexas e envolvem profundamente outras pessoas fazendo com que um erro se torne a pior das experiências terrestres. O que fazer, quando o ingrato, perverso e impiedoso arrependimento se apodera de nossas almas cravando nelas seu punhal sujo de angústia e sofrimento? Pouca coisa. Basicamente, aprender com o erro cometido porque as chagas causadas não cicatrizarão facilmente.
Lembra da relatividade? Se não fosse ela, tudo seria mais fácil. Acontece que um palavrão para Maria, pode ser bobagem para João; um pisão no pé pode doer mais em José que em Vilma; um tapa na cara pode ser um mero impulso para Marina e ao mesmo tempo a maior das ofensas para Anderson. Um erro grave para mim, pode ser normal para você. E é nisso que reside a beleza da humanidade.
Assim, deveriam prevalecer o bom senso e os princípios morais sempre que alguma escolha fosse feita, porque cada indivíduo é responsável pelos seus atos e palavras. Minhas mães já diziam... não conhece, não mexa; errou, tente de novo; quebrou, conserte; ofendeu, desculpe-se. Em outras palavras? ASSUMA SEUS ATOS.
Por que tal ensinamento não é praticado por grande parte da população?
Porque a mentira, arquiinimiga da responsabilidade, tem muitos adeptos.
Quando alguém mente, não cria apenas uma situação falsa durante um dia ou um ano. O mentiroso põe em descrédito todo o seu testemunho vital, por mais verdadeiro que tenha sido até o dia daquela mentira. Desqualifica toda a sua história de vida pregressa e futura porque perde a confiança dos seus pares. E voltar a confiar em quem mentiu para você é uma atitude quase divina. Não sou santo.
Se um filho não acredita na mãe, se uma mulher não confia em seu esposo, não haverá respeito mútuo. Porque não há fé entre eles. E amor não existe sem respeito. Não finja que ama... não diga que ama se não sentir isso com toda convicção. Não falsifique sua imagem para aquele que escolheu estar ao seu lado. E se tiver dito precipitadamente, assuma que errou. Diga que ainda não ama, mas que espera o momento em que o amor não precisará ser dito ou escrito... o Amor será percebido, sentido. Sem fraudes.
Da mesma forma, se estiver sofrendo, não demonstre nada além do que sentir. Não é interessante aparecer com um novo amor sendo que apenas trinta dias antes “morria aos poucos” sofrendo de paixão por aquele que se foi. Soa falso. Fica feio.

Seja franco/a. Seja feliz.


Planeta Terra, 30 de julho de 2007