Quando a chama se apaga, os que ficam relembram o quanto é frágil o sopro da vida.
Quando a chama se apaga, ficam a perplexidade, a tristeza, o luto.
Quando os conhecidos partem, somos forçados a pensar que também partiremos; somos pó, somos nada.
Quando os nossos se vão, ficamos diferentes, meio ocos, sem respostas. Angústia, nó na garganta, impotência.
Quando a Senhora do Tempo tira a vida dos nossos e, assim, leva a nossa paz, o mundo fica cinza, sem chão; mas continua girando.
O sol nasce e deixamos de pensar no sopro.
Deixamos de pensar na chama.
Destino segue seu curso, mas não pensamos nisso.
Sempre há uma chama prestes a apagar.
E pode ser aquela.
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